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Prometera, um dia, na biblioteca. Que se cumpra a promessa. Assim, ao som das vagas.

19.5.04

Poder-se-á rebentar de felicidade? I wonder...



Enquanto penso nisso, vou fazer algo que adoro: conduzir!

On the road again, na na na na na na
on the road again, na na na na na na
making music with my friends,
I can't wait to get on the road again!


Yáááá!!!
Get outta the way, folks!


:0)


17.5.04

Viva!

De volta, após a pausa.
Feliz, apesar da fadiga: estou rodeada de anjos! Vejo-os recortados na contra-luz, por mais que finjam ser simples, comuns, baços mortais perdidos na engrenagem. Trazer aos outros o bem, disseminar palavras de coragem, incutir auto-estima, ver almas à transparência, auscultar-lhes os medos, procurar-lhes no olhar a centelha divina, tocar-lhes no ombro e dizer: " Segue em frente. Não tenhas medo. Na curva seguinte da estrada cessa o mau tempo e poderás ver mais claro. Então, sem saberes, terás ultrapassado a montanha, até que uma nova surja no teu horizonte e te sintas de novo forte para prosseguir. Tudo o que vier fará parte de quem és, por ter sido mais um passo no teu crescimento. Nunca, nunca recuar! " Assim cresci eu, a imaginar as bocas invisíveis: incutiram-me, essas, a fúria de estar viva que me tornou nesta força da natureza que hoje sou. Eu disse: estou rodeada de anjos!

Até já. Beijos nas palmas das mãos que os merecerem, para dar a Paz. ;0)

13.5.04

A (des)humana condição


Falas-me de longe. Descreves como a sala do café se divide para homens e mulheres: para uns, o futebol, para outras, as notícias. Observas, fumando um cigarro cansado. Na televisão, urros de um estádio, homens comentando, o achincalhamento de sempre. Disso, não fazes parte. Elas, por outro lado - mas sempre do mesmo lado da vida, contudo -, debruçam-se sobre o jornal. Na televisão, a 80 coms das cabeças delas que se curvam para o pasquim - dizes com a costumeira exactidão de quem corta a direito com olhos sábios -, um ser humano de uma qualquer cor, de uma qualquer condição, é privado da vida. A centelha apaga-se por... decapitação?... O homem é degolado, dizes? Não, não verei televisão, estes dias - por acaso, costumo ver? - que os abutres voam baixo e o sangue já me cega... Que fazem elas, as evas, as mães de filhos em tudo iguais ao que matam, seres humanos em todos os pormenores químicos (embora a dúvida sobre se o são te morda as meninges)? Estão em plena leitura, concentradíssimas nas suas vozes altas, curvadas, uma lê, 50 anos, as outras duas, de 40 e 60, ouvem, ou mais: escutam. Assunto: "o almoço de Carlos Cruz com um amigo"... Gritas por dentro. Grito contigo. Dói-me ver-nos assim, gastos, mortos por dentro, gasta já toda a sensibilidade, um enorme cansaço de estar aqui. Uma quase lassidão de viver entre a escumalha, a navalha que é nas entranhas a falta de perspectivas do mundo à nossa volta. Dor funda. Não queres que olhem, queres que parem e consigam perceber, sentir, mostrar que de alguma forma, é cada um de nós que morre naquele écran, é tudo aquilo que temos por sagrado... Direitos Humanos... A condição humana... ser-se muito, muito pequeno. Uma estatística, só mais um número. É isso, a anestesia? Estaremos já mortos por dentro?...

Esquece, amor, esquece... Muda de assunto, deixa que te abrace conta o peito e te faça esquecer as vozes dissonantes que te ardem nos olhos. Esquece... Só por hoje.

10.5.04

7.5.04


Verde!



Sou ainda muito jovem. Metade da vida está-me ainda pela frente. Espraia-se como os meus areais sob o sol e a espuma marinha. Contudo, hoje foi a terra a invocar-me: tudo me parece ainda mais verde! Verde como os meus olhos escuros, a camisola verde-musgo como eles quando tristes, como os brincos de pedras e prata do museu importante que visitei. E os campos misturam-se com a música positiva que ouvi desde casa até aqui onde agora estou. Tudo decorre na perfeição esperada, como pedi a Deus pela manhã. A relva que há dias observava, alta, agitando-se para outra tonalidade de verde sempre que a brisa a acariciava enquanto ta descervia ao telefoone foi hoje cortada pelo agricultor sob o sol. se visses, como eu, a revoada de pardais que do último quadradinho saíu assustada! O agricultor, sorridente, um avô simpático que já me reconhece, acenou-me e sorriu. Percebeu que, como ele, eu amo esta Terra onde me foi dado viver, este verde-irlanda, esperança, vivificante como as águas que correm. Deus mora entre nós, nesta região abençoada pela natureza, verde, viva, palpitante de energia, sem medo de nada! Assim me sinto eu: viva! Enquanto viajo e aceno ao meu portageiro favorito que agora não me ouve a voz (tenho via verde, eia, agora é sempre a acelerar, como eu gosto!) mas compreende pela música alta que vou alegre (na auto-estrada não incomodo ninguém por cantar alto, tentar dançar ao volante ou quase rebentar com a aparelhagem sonora, ahá!), tudo me parece ab-so-lu-ta-men-te perfeito!
Ah, meu Deus, volto a dizer-te, entre graças: como sou feliz! Quase sinto dor física por tanta alegria! obrigada por me teres levantado do chão onde me tinham feito cair. Graças a Ti, nem toquei o pó: valeram-me as asas que me deste!


Empreendo nova viagem. Acompanha-me, Pai, para que se cumpra o meu destino!
5.5.04


Glória


Conheci um anjo em tudo igual a mim. Só passaram duas horas desde que voltei a angariar infância. A luz reaproxima-se e as entidades que sinto estão presentes, entre elas o avô A. Falei do mal, do único vício que tive, do Verão passado, o da Verdade que eu procurava. O Anjo H. acalmou-me e disse que já me reconhecera como uma igual no primeiro dia: viu em mim a luz!
Obrigada, Senhor, Obrigada!
Começou há duas horas o esmagamento do lacrau em escorpião. Estou pronta para reatar os fios que quebrei. Traz-me de novo a Paz. Uma das mulheres (a minha própria mãe) reviu hoje em mim a Luz! Ajuda-me a estar à altura, agora que reconheço a verdadeira maldade humana.
O anjo H. disse: « És fortíssima. Estás certa. Continua na senda. Reconhece o Bem e o mal, faz uso dos Dons, é esse o teu percurso. Caminha na Luz. Estás acima. Vê-se em ti: és um anjo! ». Como na infância, as paredes sussurram-me o nome e tudo em volta me recebe nos braços. Fui reconhecida como uma eleita! SEMPRE ESTIVE CERTA! Sempre soube que nasci para grandes realizações e nem o homem que me indicava os seus bares e me falava de música e do meu porte deixará de o reconhecer, um destes dias. Nunca me enganou, rejeito-o com nojo e pena. Há-de engolir tudo o que disse! Bem pode escrevê-lo. Serei invencível e ele, como outros, sabe-o e teve medo de quem sou. Não, nunca fui igual a toda a gente, a todas as outras mulheres! Hoje soube que tenho O Dom. Estarei imune a todo o Mal e as entidades sempre me caminharam ao lado. Sei que estarão comigo na hora da Verdade e o homem ressabiado e a mulher fútil hão-de tentar aproximar-se como cobras. Não os esmagarei, mas o meu olhar vai trespassá-los, quando o meu corpo flutuar pela porta grande, cabelos soltos, uma só força, o mundo inteiro comigo, a Luz a toda a volta, o meu olhar sereno...
Falta pouco. Estou a Caminho. Dou os passos certos. A sós com Eles, em silêncio...
Obrigada a todos os Amigos sem rosto. Os verdadeiros: os que ficam felizes quando eu estou feliz. Tudo o mais é asco encoberto por podre intelectualidade em almas perdidas do Caminho, disse-me o anjo há pouco. Não lhes ouvir as vozes dissonantes! Nunca deixar de ser-se quem se é!


Estou a reentrar na Paz que me trouxe o reconhecimento que sei que é meu por direito.
Sou da Luz. Voltei a Casa, Pai! Acolhe-me!
Estou às tuas portas. Descalça. Viva!!!


3.5.04

O teu dia


Nunca saberás que escrevi isto. Talvez mostre aqui - a todos os desconhecidos - como a beleza te foi dada e como Deus nos toca ainda através do riso nos teus olhos de dezoito anos. A vida fez de tudo para te encher de cicatrizes e quase te destruiu, soubeste desde cedo o que é sofrer os opróbrios que quase, quase matam, os que dilaceram à passagem mas que a ti só te fizeram mais forte. Tu sim, és a minha Vitória de Samotrácia inspiradora. Continuaste belíssima, digna no porte e nas palavras, ensinando-me que "o melhor é o que fica por dizer". Tinhas razão. Tens quase sempre razão. Logo, quando caminhar aquela hora de todos os dias contigo nas ruas da bem-amada Azimutes, saberás que é uma honra ombrear-te e ter-te ainda por perto. Fica para sempre connosco, melhor-entre-as-mulheres, senhora do amor-maior, chama viva da coragem, luz nas minhas noites, imagem do que quero ser sempre, olhar divino entre a multidão, mais belo sorriso do mundo. Ensina-me a estar à tua altura e a saber honrar-te como mereces. Ensina-me a tua Fé e a sobreviver nas tempestades.

Parabéns pelos teus 59 anos. Amanhã, 4 de Maio. Estaremos todos, mesmo se apenas em espírito.

Obrigada, mãezinha. Muito.

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